quinta-feira, 28 de março de 2013

PÁSCOA - Momento de reflexão

Páscoa, que vem do Hebraico Pessach, o qual tem o significando - passagem, nos traz muitas reflexões. Lembra-se do êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Assim como pelos cristãos, um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida. Mas são várias as maneiras em que a páscoa se faz presente nos países, assim como nas pessoas.
Mas de onde vem os chocolates? Mesmo que hoje, para muitos o chocolate se tornou banal, ele já teve uma história e para alguns povos considerado sagrado.
Os Maias e só Astecas, por exemplo deram o inicio em um ritual que se tornaria milenar...onde para eles o chocolate era tão importante quanto o ouro. Acreditava-se que, além de possuir poderes afrodisíacos, o chocolate dava poder e vigor aos que o bebiam. Por isso, era reservado apenas aos governantes e soldado, onde naquela época apenas se consumia chocolate em forma de bebida. Os astecas chegaram a usá-lo como moeda, tal o valor que o alimento possuía. 
 Para muitos afrodisíaco, o chocolate já foi considerado um pecado, para outros um remédio. Ora sagrado, ora alimento profano. Mas cada povo em si carregou e carrega as suas significancias sobre uma cultura que se entrepassa entre o que é sagrado, divino e o que é mundano.
E o coelho?Voltando para a História, no antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antigüidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa. Mas o que realmente lhe vem em mente é a sua fertilidade, trazendo a vida.
Assim como estes, muitos símbolos nos remetem a significados diferentes e reflexões sobre a pascoa. E neste momento especial, onde a "passagem", a "vida" e a reflexão são focos do nosso espirito, foram trabalhadas oficinas com as Benzedeiras do MASA -Movimento das Aprendizes de Sabedoria, sobre a páscoa.
A Assessora Cultural do Instituto Equipe de Educadores Populares, Ariane Rodrigues, esteve no dia 26 de março, em Rebouças, realizando um dia de atividades com as benzedeiras.
O encontro teve inicio com as orações, preces e mística do movimento, trazendo a tona momento de reflexão sobre a união e a importância do trabalho desenvolvido pelas benzedeiras na comunidade. Carregado de significados, envolvidas de bençãos e dons, essas benzedeiras tornam a vida de muitas pessoas um "renascer", revigorando-as de vida, tornando em vários dias do ano uma páscoa, uma passagem.
Unidas pela fé, motivadas pela bondade e dom que trazem em si, são parte de um movimento que acredita na vida, e como dizem, na vida em abundancia, baseadas nas passagens bíblicas. E querem através de suas ações, repartir o dom que receberam de Deus.
No decorrer do encontro, discutiram sobre rumos do movimento, trocaram experiências, assim como risos.
Após o almoço, onde cada um levou um tipo de alimento, praticando uma comunhão entre elas, pois no momento em que cada uma partilha o que tem com o outro, comungam de princípios cristãos - a partilha, tiverão a oficina de Ovos caseiros artesanais.
A oficina gerou muita descontração, brincadeiras paralelas, e resultou em vários ovos de chocolate, coelhinhos e decoração, onde cada uma pode usar sua criatividade.
Que a Páscoa, como dizem as benzedeiras, seja todo dia! Que ela esteja viva em cada coração, na fertilidade da vida, na paz nas familias; no amor pelo próximo; no bem feito ao irmão; 
Que assim como chocolate era tão especial como o ouro nas comunidades antigas, possamos nos fazer especiais pelo outro. Nos façamos "Páscoa", sejamos "Páscoa", e vivamos um renascer a cada dia.
Em um mundo tão violento, desacreditado na bondade, poder perceber nestas benzedeiras, uma cultura carregada de significados e de doação pelo próximo, só nos faz enxergar que a Pascoa é possível, basta acreditarmos.
"CUIDAR DA VIDA É A NOSSA MISSÃO. A NOSSA MISSÃO É CUIDAR DA VIDA!"

quinta-feira, 21 de março de 2013

Seminário de Apresentação do Projeto - Mandirituba/ PR

Apoiado pelo FBDH - Fundo Brasil de Direitos Humanos, aconteceu neste sábado, dia 16 de março o Seminário de Apresentação do projeto No direito ou na Luta essa terra é Faxinalense, onde contamos com a presença de mais de 50 pessoas, dentre elas vereadores da prefeitura municipal de Mandirituba, faxinalenses das comunidades envolvidas, UFPR - Curitiba, Ministério Publico, APF- Articulação Puxirão Faxinalense, adeptos e a equipe do IEEP.
O Seminário iniciou as 13 horas da tarde com o cadastro e lista de presença, e logo apos a realização da mística. A mística contou com a participação de três gerações representantes dos faxinais, uma criança, uma jovem, e um senhor mais experiente, trazendo a tona uma reflexão do que os une, qual a causa, e o que os mantem na luta?
Mística  
Foi dada as boas vindas, a todos os participantes, e foi feita uma explanação do trabalho que o IEEP vem desenvolvendo em outros faxinais, e apoios que tem dado a outros movimentos sociais e grupo de agricultores agroecologistas, expondo várias experiências que ja deram certo, resultados de mobilizações e organização popular para que o grupo pudesse se encorajar e perceber que não estão sozinhos. Logo após, foi aberto para questionamentos e exposto o projeto que é apoiado pelo FBDH, contando um pouco sobre o fundo e que tipo de projetos eles apoiam.
Apos, dialogo e conversas sobre o projeto, o mesmo foi detalhado por atividades, quantas oficinas terão, qual é o objetivo, no qual destacamos: a formação e capacitação dos faxinalenses em direito,  gerando  autonomia para que estes possam lutar em prol de seus direitos frente ao grandes conflitos que surgem na sociedade e nas comunidades onde vivem. E principalmente da importância de se participar destas oficinas, pois só assim, como foi demonstrado, poderemos exigir e lutar pelos nossos direitos. So se luta por aquilo que se conhece!

Amantino aproveitou o momento e comentou sobre a reportagem que saiu na Gazeta do Povo, na quinta feira dia 14 de março, demonstrando a importancia que foi para eles na região. "Mesmo que pequena, mas ja mostra um pouco sobre nós. Por muitas vezes nao fomos nem reconhecidos em nossa própria região, ou ainda muitos duvidavam das nossa lutas, trabalhos e conquistas, e hoje podem ver que juntos podemos ir longe", ressalta.
Na hora da composição da mesa de autoridades, Amantino relembrou que o convite foi estendido a muitas autoridades, como ao presidente do CONSEA- Conselho Nacional de Segurança Alimentar ao qual a APF faz parte, a presidentes de sindicatos, ao prefeito Municipal de Mandirituba, e a universidades e pesquisadores. Dentre os convidados o que justificou sua falta foi o presidente do CONSEA que na ocasião ja teria uma outra agenda e não poderia estar presente. Mas e outras autoridades locais? Neste sentido, com a mesa ja composta a discussão inicial foi o "descaso" que por muitas vezes se dá a cultura faxinalense em Mandirituba, pelo setor publico.
Alem deste assunto, muitos outros foram tratados, como: o convívio no faxinal, a solidariedade que existe entre eles dentro do faxinal ao deixar os animais circularem pelas propriedades, como tambem o proprio questionamento de pessoas e autoridades que nao entendem os costumes dos faxinalenses e questionam-os sem saber dos seus acordos de convivência. Cabe ainda lembrar de um problema serio que nao só neste faxinal dos Meleiros estão passando, mas em muitos outros tambem, dos chacareiros que estão adentrando nos faxinais e que desconhecem ou nao cumprem as regras internas, ocasionando muito desgaste e conflitos.
Na fala dos vereadores, logo se colocaram a disposição para ajudar no que for preciso e que puderem fazer na camara. Mas logo quando Hamilton(APF), tomou a fala e lhes questionou sobre 4 projetos que foram dois anos de trabalho e que foram recusados pelo prefeito. Diz Hamilton que é nessas horas que os vereadores, representantes do povo, devem assumir e defender. Falou tambem sobre experiencias de outros faxinais que ja tem a ARESUR- Áreas Especiais de Uso Regulamentado, e que nisto os vereadores devem tambem dar apoio, pois traz a tona o quanto essa lei ja modificou a vida de muitos faxinais.
Gustavo, integrante do grupo ENCONTRA, da universidade Federal - UFPR, ressalta o trabalho de apoio que ja vem dando junto aos Povos e Comunidades Tradicionais, a CEMPO e ao IEEP, com a realização da Cartografia Social, junto ao Professor Jorge Montenegro. 
A advogada Ana Carolina, representando o Ministério Publico, começou sua fala explanando o que é o papel do Ministério, e que é primordial entender que ele está ai pra defender os direitos da sociedade brasileira. Comentou sobre os direitos coletivos, a quebra dos direitos e como se fiscaliza tais atos, etc. Tronando claro aos participantes que o Ministério esta ai pra ajudar no que os Povos e Comunidades Tradicionais precisarem.
O advogado Andre Halloys Dallagnol que irá acompanhar todo o projeto com as oficinas de direito, começou sua fala fazendo uma uma pergunta ao publico ali presente: Qual a diferença entre a serra e o violão, aqui presentes na mística? Em minutos de silencio, alguns se pronunciaram dizendo que os dois são instrumentos de trabalho, um toca musica, o outro derruba madeira, que os dois são feitos de madeira, etc. Ressalta que temos que saber bem a importância de cada um. Que ele nas oficinas vai trabalhar com um instrumento - as leis - das quais o mesmo sabe manusear, e ensinara nas oficinas a importância de se conhecer esse instrumento. Ainda destacou, a dificuldade quando por exemplo temos um violão, porem não conseguimos, não sabemos tocá-lo. De que adianta? Assim são as leis, temos elas garantindo nosso direito, mas se não soubermos usá-las a nosso favor, de nada vai adiantar.
A expectativa é grande com este projeto, pois só em um dia já pode-se perceber o quanto os faxinais precisão de um acompanhamento, de assessoria e de conhecimento de leis. E é através das oficinas, dos diálogos, e da troca de experiencias que estes faxinais de Mandirituba consiguiram crescer e avançar na luta.
E como dizem um dos gritos de ordem dos faxinalenses: "Na luta pela terra, nascemos faxinalenses!"

Água e Energia, não são mercadorias!


No dia 14 de março, DIA INTERNACIONAL DE LUTA CONTRA BARRAGENS, o Instituto Equipe esteve na mobilização realizada pelo MAB -Movimento dos Atingidos por Barragens. Milhares de pessoas em todo o mundo realizaram algum tipo de protesto neste dia, e no Brasil o MAB realizou ações que envolveram 17 estados, e para tanto contou com o apoio de vários movimentos sociais, que nas ruas se uniram, lutando por uma só bandeira: "Águas para a VIDA, e não para a MORTE!" 

A esquerda o Presidente Alceu Ferreira, chegada em Saudade do Iguaçu- PR
O presidente do Instituto Equipe, Sr. Alceu Ferreira, esteve representando o IEEP e colocando o nosso apoio nessa luta pela vida, afinal é a união que faz com que nossos direitos sejam levados a sério, é na luta pelo coletivo, pela igualdade, por aquilo que nos faz iguais que nos tornam movimento em ação. Alceu declara que "é nessas horas que temos que dar mais força, se engajar e seguir a diante. São as mobilizações, as caminhadas que nos levam as conquistas". 
Com várias faixas, como : "O preço da Luz é um roubo!"; "Se eu quero, eu luto! Direito para todas e todos"; "Por um projeto energético popular!", entre outras. Sairam em marcha, nas ruas defendendo a criação de uma Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens, para denunciar a Rapinagem que as empresas privadas fazem sobre os nossos rios, sobre o minério e sobre a energia, para ampliar o diálogo entre atingidos e trabalhadores do setor energético, e para preparar o Encontro Nacional do MAB. 
 A coordenação do MAB afirma que todo o povo paranaense é explorado pela Suez para enriquecer a empresa na França. Esta barragem foi construída pela Eletrosul nos anos 70 e privatizada pelo governo Fernando Henrique Cardoso sendo repassada para a empresa SUEZ. Segundo o Brasil de Fato, os atingidos acusam a SUEZ de não respeitar os direitos do povo e ainda ameaçar com a retirada de mais 100 metros das propriedades em áreas ribeirinhas ao lado da usina.
Ainda na matéria, citam o caso de um morador chamado José Ataliba Caler, que possuía uma área de 100 hectares dos quais 70 foram alagados pela usina, sobrando apenas 30 para distribuir entre seus 10 filhos. Hoje eles vivem numa situação de extrema pobreza, sobrevivendo com muitas dificuldades na agricultura. Emocionado, um dos filhos de seu José, ao mostrar a usina de Salto Santiago declara “isso aí a usina acaba, pois o que o meu pai ganhou não deu pra comprar mais nada”. 

 O Encontro pode contar com a presença de vários representantes de movimentos sociais e Entidades da região, e contou também com a presença do Deputado e Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná - Tadeu Veneri, que manifestou o seu apoio a causa.
Alem desta mobilização podemos citar algumas que ocorreram no mesmo dia, deixando o link para acesso de mais informações:


A todos(as) que lutam pela vida o nosso apoio, ao MAB a nossa solidariedade nas ações e atividades, e na luta maior, a luta pela justiça o nosso grito 
 "A luta e a união, fortalece os seguementos pra fazer transformação!"
 
 

quarta-feira, 20 de março de 2013

MULHERES AGROECOLOGISTAS DE INÁCIO MARTINS/PR RECEBEM PRÊMIO EM BRASÍLIA


Falar de sustentabilidade e igualdade de gênero, hoje esta se tornando um "glichê". As empresas, comerciais, televisão, rádios, programas, em sua maioria se dizem trabalhando em busca de um desenvolvimento sustentável, lançam promoções para o consumidor -"leve tal produto, que você estará ajudando o planeta ser mais sustentável" - e assim por diante. A mídia nos coloca cada vez mais situações onde o receptor(nós) achamos ser a melhor forma de tornarmos o nosso pais, o nosso mundo mais sustentável, e assim podemos dormir a noite com a consciência tranquila. Alem disso, não podemos esquecer que a moda hoje é a igualdade de gênero, mas até que ponto isso é real em nosso cotidiano? Até que ponto fazemos realmente algo para modificarmos a realidade em que vivemos? Pensando em todo este processo, queremos compartilhar com você leitor uma conquista da AGROECOLOGIA, um reconhecimento por um trabalho que envolve gênero e sustentabilidade.
Um grupo de agricultores agroecologistas e que em sua maioria é composto por MULHERES, chamado GAEAV - Grupo de Agricultores Agroecologistas Água Viva, de Inácio Martins recebeu no dia 13 de março um premio em Brasilia(DF). Este grupo faz parte da Associação dos grupos de agricultura ecológica, São Francisco de ASSIS, com sede em Irati-PR, onde trabalham desenvolvendo politicas publicas, ações, mobilizações e acompanhamento aos agricultores e agricultoras da nossa região. Com um papel muito importante, trabalham em prol de um Desenvolvimento Rural Sustentável, e ainda com igualdade de gênero. Defendem a Agrecologia como uma opção para a sustentabilidade do planeta, gerando renda e ainda mantendo jovens no campo. Esta Associação, surgiu com base e formação dada pelo Instituto Equipe, onde a anos atrás ja fomentava a formação de grupos, e desenvolvia oficinas, formação e capacitação para agricultores e agricultoras que quisessem transformar a sua propriedade do plantio convencional para o agroecológico. Apos anos de trabalho, e com grupos ja fortes para seguir o trabalho, e em 2004 foi formado a ASSIS, para dar sustentabilidade ao trabalho e poder lutar por condições melhores para esses grupos. 
Grupo GAEAV em reunião de planejamento

Com anos de trabalho muitas foram as conquistas, mas esta em especial, nos dá muito orgulho! Levar a nossa região, levar o nome da ASSIS, e principalmente levar o trabalho de mulheres sonhadoras que lutaram e lutam por igualdade social, cultural e de gênero, e mais que desenvolvem ações concretas de sustentabilidade, é uma honra. São Mulheres que modificaram a realidade em que viviam, que fazem algo de bom por este planeta, começando pelo lugar onde moram...São mulheres que tem sua história de vida cravada em seus rostos, que sofreram, que por vezes foram colocadas em segundo plano, mas que acima de tudo sonharam!
Quem delas imaginou, ainda nos seus melhores sonhos, que teriam o seu trabalho reconhecido Nacionalmente? Que um dia recebriam um premio por aquilo que elas fazem por amor, por luta, por um ideal?
 Pois é elas foram atrás dos seus sonhos, e mais longe do que pensavam, foram para Brasília.
Suas atividades não foram o tempo todo pensando que um dia seriam reconhecidas, nem ao menos que ganhariam um troféu, mas nem por isso deixaram de lutar em sua comunidade, em sua cidade, ou deixaram de se organizar e lutar juntas. Participam do Programa de Aquisição de Alimentos(PAA), alimentos esses que são doados pra escolas e creches do município de Inacio Martins, promovem mutirão de ajuda no plantio e organização de estufas, e ainda são mães, e trabalham em suas
casas. São mulheres que não deixasse abater, e como muitas mulheres desse nosso país, fazem a diferença, PRODUZEM UM BRASIL SUSTENTÁVEL. 
Dia 8 de março já passou, mas isso não quer dizer que a homenagem a estas guerreiras acabou. Dia 13 será lembrado para sempre, por todas essas mulheres do grupo GAEAV, o dia em que um dos seus sonhos, sonho de uma coletividade chegou nas mãos da Presidenta Dilma Rousseff , da primeira Presidenta(sim presidenta no gênero feminino, porque não?) mulher. Dia que duas mulheres do "interior" de Inacio Martins foram representar as mulheres de nossa região no Distrito Federal. Dia em que estas mulheres, maes, agricultoras, donas de seu destino, batalhadoras, mostraram para a sociedade que é possivel concretizar seus sonhos. 
A vocês, com as palavras de Cora Carolina:
"Eu sou aquela mulher, a quem o tempo muito ensinou.
Ensinou a amar a vida, e não desistir da luta,
recomeçar na derrota, renunciar a palavras
e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos e ser otimista."

 Entre, 521 projetos inscritos, o Grupo GAEAV ficou entre as 30 iniciativas do Brasil que foram escolhidas para receber o premio em Brasilia, sendo a única iniciativa premiada do Estado do Paraná.

 Maria Rosa Lewitzki e Claudete Dupezaki, o Instituto Equipe só tem a parabeniza-las pela representação que fizeram em Brasilia, e pelo maravilhoso trabalho que vocês foram levar em nome de todas as mulheres do grupo. Parabens pelo trabalho, pela luta, e por essa conquista, que temos a certeza de que não vão parar por aí, muitas conquistas estão pelo caminho, e vocês mulheres GAEAV são a prova de que a união e o trabalho coletivo fazem do nosso país um país Sustentável.
Claudete Dupezaki e Maria Rosa Lewitzki recebendo o premio
 E como diz Maria Rosa, “A agroecologia primeiramente beneficia a nós mesmas, à nossa família, pois estamos produzindo um alimento mais saudável. Para os outros, passamos a importância em se consumir alimentos livres de agrotóxicos”.  
Pode parecer pequeno, modificarmos a comunidade onde vivemos, mas se todos nós fizermos a nossa parte, este pequeno trabalho se tornará um movimento!

Abaixo segue o link de uma reportagem feita pelo Jornal Hoje Centro Sul: http://www.hojecentrosul.com.br/cidades/grupo-rural-de-inacio-martins-ganha-premio-em-brasilia/


quinta-feira, 14 de março de 2013

NO DIREITO OU NA LUTA ESSA TERRA É FAXINALENSE!



Financiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos -FBDH, o projeto "No direito ou na luta, essa terra é faxinalense" terá seu lançamento agora dia 16 de março, no Faxinal Meleiro em Mandirituba. O objetivo deste projeto é a formação e capacitação dos faxinalenses em direito,  gerando  autonomia para que estes possam lutar em prol de seus direitos frente ao grandes conflitos que surgem diante a sociedade em que vivem.

Os faxinais são comunidades que possuem um sistema próprio, baseia-se no uso coletivo da terra em sistema silvopastoril, através da formação de criadouros comunitários,. Apresenta um caráter de sustentabilidade evidente, caracterizado ambientalmente pelo manejo sustentável da floresta com araucária e garantindo a sobrevivência de famílias de diferentes níveis econômicos com equidade.

Entretanto com a revolução verde, nos anos 70, e com a introdução de um modelo de cultivo baseado na monocultura e no uso abusivo de agrotóxicos, os faxinais vêem-se ameaçados e expostos a grandes conflitos sociais e ambientais.

Observa-se um “esmagamento” dos faxinais que possuem um espaço cada vez menor, sendo que muitas famílias são obrigadas a buscar trabalho na zona urbana,  e deixar de lado suas raízes e sua cultura.  O projeto em questão irá colaborar no sentido de expor aos faxinalenses quais são seus direitos e a melhor forma de lutar por estes, para que sua cultura não desapareça.
4º Encontro Estadual dos Povos Faxinalenses
 Hoje, após anos de trabalho de formação, os faxinalenses se organizam em uma Articulação dos Povos Faxinalenses - APF, onde já estão no 4º Encontro Estadual. Graças a apoiadores que acreditam no trabalho desenvolvido pelo Instituto Equipe, para com esses Povos Tradicionais, que hoje podemos citar muitas conquistas.